quarta-feira, 27 de julho de 2016

Depois de tanto tempo...

Voltar a escrever, depois de tanto tempo, parece irônico. Na época dos primeiros posts, me questionava que rumo minha vida tomaria, das coisas que eu gostava e como conseguir mais tempo pra mim e pra me reencontrar.
Hoje, quase dois anos depois, minha vida se estabilizou e ao mesmo tempo virou de cabeça para baixo. Me acostumei a minha rotina como mãe-esposa e por outro lado não me conformei mais com o meu emprego.
Em época de crise, com certeza largar o emprego estável, que paga bem, não é a ideia mais brilhante que alguém poderia ter. Mas, veja bem, dinheiro paga muita coisa, mas cheguei a conclusão de que não paga as coisas mais importantes.
Eu via meu filho somente a noite e quando me via, ele não queria mais me largar. Sentíamos saudades um do outro. Eu estava ficando doente por stress no trabalho e isso se mostrava ser uma situação permanente ou muito longa. Quando estava em casa, pensava nos problemas do trabalho, quando estava no trabalho, queria fugir pra bem longe. Não dormia direito, não prestava atenção no que eu comia, não conseguia me desligar. Não sentia mais prazer no trabalho e não tinha mais disposição no meu tempo livre. Até minha vida conjugal parecia definhar. Parecíamos sócios na criação do nosso filho, não marido e mulher que se amam.
Por que estou me justificando, afinal de contas? Por muito tempo me questionei se era a decisão certa. Ainda mais agora, depois de 2 meses em casa, sem outra oportunidade de emprego, me pergunto se não foi a maior burrada que eu fiz. Então penso nos meus argumentos acima e aceito, com a certeza na alma, de que era o caminho certo e que não, mesmo se eu pudesse, eu não voltaria.
Tenho fé de que existe um caminho pra cada um de nós e que, de uma forma ou de outra, vamos encontrá-lo, mesmo de forma tortuosa, mesmo tropeçando.
O trabalho muitas vezes é o que nos motiva, é o que nos dá um rumo na vida. Mas ele, de forma alguma, pode se interpor entre você e as coisas que realmente importam e que são seus bens mais preciosos: Sua Saúde e Sua Família!

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